Gatos Amigos |
Sair de uma
pensão e fui morar com quatro amigos. Em uma casa térrea, que estava localizada
quase em frente ao banco que trabalhava, era só atravessar a rua e chegava. A
casa tinha: Dois dormitórios, um banheiro, uma sala, cozinha, e uma pequena
lavanderia; Também tinha um fogão velho, um ferro para passar as roupas, e
alguns cordões, que servia de varal para estender as poucas roupas que ficavam
na mala, porque guarda-roupa era luxo e não tínhamos; Não tinha, Televisão,
internet, geladeira, forno de microondas, e nem máquina de lavar. Mas confesso
a você, mesmo sem todos esses aparelhos domésticos citados, que hoje ninguém
vive sem tê-los, não fizeram falta e passamos um bom tempo, felizes nessa
casa. Eu citei que eram quatro amigos, vou recordar agora: um deles trabalhava
na empresa - telestar, que era do grupo da Telebrás, natural do Estado de
Alagoas, e tinha o seu primo, era carioca e trabalhava em um escritório de
contabilidade, o outro era funcionário público, e o quarto que trabalhava no
correio, mas passou uns tempos, e chegou também outro, que era vendedor de
livros , esse era muito divertido, andava sempre em um fusca do ano de 1.960
mais ou menos. Desses meus companheiros não tive mais contatos com eles, só um
deles que veio a morar comigo logo depois em são Paulo, minha próxima moradia;
Esse meu amigo de São Paulo, voltou para Brasília, e aí estive uma vez com ele,
depois passou mais ou menos vinte anos que não tinha contato, descobri ele na
internet, peguei o seu endereço e fui até o seu encontro lá no Estado de
Pernambuco, morando em uma ilha bem tranqüilo e realizado, foi muito divertido.
Vou deixar aqui o nome dos que não tenho contato, quem sabe eles encontram esta
publicação aqui: ( Mailson-Alagoas,
Valdeck-Rio de Janeiro, José Alberto-Brasília, Edilson-Brasília ). O
tempo separa muitas pessoas, mas um grande amigo, está sempre presente no
coração da gente. "Amigo é coisa para se guardar, debaixo de sete
chaves, dentro do coração, assim falava a canção que na América ouvi, mas quem
cantava chorou, ao ver o seu amigo partir, mas quem ficou, no pensamento voou,
com seu canto que o outro lembrou, e quem voou, no pensamento ficou, com a
lembrança que o outro cantou, amigo é coisa para se guardar, no lado esquerdo
do peito, mesmo, que o tempo e a distância digam "não", mesmo
esquecendo a canção, o que importa é ouvir, a voz que vem do coração, pois seja
o que vier, venha o que vier, qualquer dia, amigo, eu volto, a te encontrar,
qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar "( Canção da América-
Milton Nascimento ).