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cavalos pastando |
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Morro da Garça |
No ano em
que nasci, até aos seis anos de idade, não me recordo de nada, mas os meus
pais moravam no sítio, que fica próximo da minha cidade natal, e por ali com
certeza dei um pouco de trabalho, para minha mãe e para uma moça que ajudava
nos afazeres domésticos, também tinha um rapaz que morou muitos anos com meus
pais. Moramos por um tempo neste sítio juntamente com minha avó paterna. Neste
período me foi dito, que um dia teria chovido muito, fora do normal, e que os
córregos (rios pequenos), estavam todos cheios, encheram muito rápido, e que eu
sair sozinho, pela enxurrada afora, pois adorava brincar nas águas da chuva. Sair
pelos campos atrás de uma Senhora, que também morava na minha casa, que era
muito querida, que teria saído um pouco antes daquela chuva, para ir até a casa
da sua irmã. Andei bastante, até que cheguei à beira de um córrego, que teria
de atravessar para chegar à casa da irmã desta senhora. A minha mãe e todos que
ali estavam, me procuraram por todos os lugares que achavam que eu pudesse
está, mas não acharam. Era um desespero só, porque eu era ainda muito pequeno.
Mas o rapaz que morava na nossa casa foi atrás, e me encontrou. Eu estava
sentado à beira de um rio, olhando as águas correrem, certamente a hora que
desse iria atravessar. Ainda bem que não atravessei este rio, e estou aqui para
contar esta história para todos (Nelson Alves).